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5 erros que jamais devemos cometer ao dirigir carros com câmbio automático

Atualmente, cerca de metade dos carros zero-quilômetro vendidos no Brasil é equipada com algum tipo de câmbio automático.

Especialmente nas vias congestionadas das grandes cidades, essa tecnologia é uma verdadeira ‘mão na roda’, proporcionando mais conforto ao motorista.

Também é verdade que a transmissão automática costuma dar menos despesa com manutenção. No entanto, quando acontece algum problema, geralmente o gasto necessário para o reparo é consideravelmente maior na comparação com carros manuais.

UOL Carros consultou especialistas para contar os erros mais comuns que aceleram o desgaste e podem até danificar o câmbio sem pedal de embreagem.

1 – Engatar a ré com o carro ainda em movimento

Essa é uma prática tão comum quanto prejudicial. Ao manobrar o veículo apressadamente, é comum engatar a ré com o carro ainda se movimentando para a frente.

Edson Orikassa, vice-presidente da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), alerta que o tranco decorrente desse hábito vai causando danos ao sistema de transmissão, podendo causar, com o passar do tempo, falha grave e cara para corrigir.

Selecionar a posição “P” como o automóvel rodando é outro hábito a ser evitado.

Nesse caso, não há sobrecarga do câmbio e sim da trava que protege a transmissão de danos causados por eventual movimentação enquanto o carro estiver estacionado.

Se essa trava for continuamente forçada, poderá se romper. “Certifique-se de que o automóvel esteja totalmente parado antes de colocá-lo na posição “R” ou “P”, recomenda o engenheiro.

2 – Fazer o motor ‘pegar no tranco’

De acordo com Erwin Franieck, mentor de tecnologia e inovação em engenharia avançada da SAE Brasil, é possível usar o método em carros com transmissão automática para fazer o motor ligar. No entanto, a prática deve ser evitada por causa dos riscos envolvidos.

“O mais importante é nunca colocar o câmbio na posição “P” com o veículo andando, o que travaria imediatamente as rodas. Nessa situação, podem ocorrer danos”, alerta o especialista.

Franieck explica que, ao selecionar “P”, é acionado um pino que trava o eixo que conecta o câmbio ao motor, que pode quebrar, além de outros componentes como o sincronizador.

Para “pegar no tranco”, ele orienta a posicionar o seletor em “N” e colocar em “D” ou “2” quando o veículo atingir uma velocidade de aproximadamente 20 km/h. Com isso, o motor deve ligar.

Ao mesmo tempo, esse “tranco” força componentes e, se for realizado de forma contínua, as chances de dor de cabeça aumentam e muito.

“Se a bateria ficar descarregada, o recomendado é fazer a ‘chupeta’ ou recarregá-la usando aparelho específico para este fim. Se a bateria já não retiver a carga, aí é necessário trocá-la por uma nova”, ensina Orissaka.

3 – Exceder a carga útil

O câmbio automático tem se tornado cada vez mais popular no Brasil e isso inclui as picapes.
Rodar com carga acima da especificada no manual do proprietário é um costume relativamente comum, porém bastante nocivo.

Levar peso demasiado compromete a segurança, ampliando o espaço necessário para a frenagem, trazendo risco até de tombamento, no caso de carga muito alta.

O mau hábito também submete uma série de componentes a um esforço acima da sua especificação, reduzindo sua vida útil.

Isso vale para itens como suspensão, motor e, claro, transmissão.

4 – Dirigir na banguela

Um hábito prejudicial é andar na “banguela” com a expectativa de poupar combustível. A prática não faz o carro beber menos e ainda compromete a segurança, bem como traz risco de danos à transmissão.

“Colocar o câmbio em neutro na verdade faz o carro gastar mais combustível do que se estivesse engrenado. O sistema de injeção é calibrado na fábrica para entrar em modo de baixo consumo assim que você tira o pé do acelerador, com a transmissão em “D”. Isso faz com que o motor receba apenas a quantidade necessária de combustível para mantê-lo girando”, explica Orikassa.

Especialmente em uma descida de serra, colocar o câmbio em “N” ainda traz risco de acidentes. “Com as rodas de tração livres, você acaba sobrecarregando os freios, que podem superaquecer, perdendo a eficiência”, esclarece o especialista.

Camilo Adas, presidente do conselho executivo da SAE Brasil, complementa: “Deixar o carro rodar em neutro e voltar para a posição “D” com o veículo ainda em movimento pode até danificar uma ou mais engrenagens do câmbio”, alerta o engenheiro.

5 – Descuidar da manutenção

Muitos acreditam que o câmbio automático não requer manutenção regular e essa crença pode gerar prejuízos pesados se a transmissão quebrar. Especialmente na configuração dotada de conversor de torque e engrenagens, o câmbio, da mesma forma que outros componentes mecânicos, requer lubrificação.

As especificações e os prazos para troca do fluido são indicados no manual do veículo e devem ser respeitados. A troca do óleo, inclusive, pode ser antecipada dependendo das condições de uso do automóvel.

Vale destacar que alguns modelos não trazem a recomendação de troca de óleo, que supostamente dura por toda a vida útil do veículo. No entanto, isso não significa que a transmissão automática está livre de problemas de lubrificação.

“Pode acontecer algum vazamento, o que reduz o nível do lubrificante, elevando o atrito entre partes internas e elevando a temperatura, que é uma grande vilã quando se trata de carros automáticos”, alerta Edson Orikassa.

O especialista da AEA destaca que, além da redução no nível, o óleo pode receber algum tipo de contaminação por agentes externos, o que reduz a sua eficiência. “Vale verificar o óleo durante as revisões.

Se apresentar uma aparência escurecida, isso pode sinalizar que já não apresenta as características necessárias de lubrificação. Problemas com o óleo apresentam sintomas comuns, como trancos na troca de marchas.

A transmissão também pode “patinar”, ou seja, ao acelerar o carro demora alguns instantes para tracionar as rodas.

Fonte: UOL

Carros elétricos: quais são os modelos à venda no Brasil.

O carro elétrico ainda está muito longe da realidade em países como o Brasil. A falta de infraestrutura de pontos de recarga e os preços proibitivos são dois grandes entraves à popularização deste tipo de veículo. Mesmo assim, o cenário está mudando de forma rápida. Empresas investem na construção de estações de recarga nas grandes cidades e é possível comprar um carro elétrico por menos de R$ 160 mil. Pode não ser uma pechincha, mas em um país no qual tudo custa caro, até que não parece tanto assim.

Carros elétricos à venda no Brasil

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    Imagem: Divulgação

Audi e-tronDisponível nas carrocerias SUV e Sportback, o e-tron caiu nas graças do público e rapidamente virou o carro elétrico mais vendido do país. É uma façanha e tanto, ainda mais considerando que o veículo não custa menos de R$ 530 mil. O visual futurista não se deve apenas ao design de linhas modernas. O sistema de câmeras com visão em 360 graus e principalmente as câmeras instaladas no lugar dos espelhos retrovisores convencionais (um opcional de caros R$ 13 mil) são itens bastante desejados.

Motorizações: dois motores elétricos (408 cv)
Autonomia: 436 km (ciclo WLTP)
Preços (em SP): de R$ 531.990 a R$ 599.990 (e-tron SUV) / de R$ 551.990 a R$ 629.990 (e-tron Sportback)

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BMW i3

O i3 fez a marca alemã largar na frente das compatriotas na briga dos carros elétricos. Além de não emitir poluentes, o compacto de estilo futurista abusa dos materiais ecológicos e recicláveis em sua construção. O modelo também é o único vendido no Brasil a oferecer uma versão com autonomia estendida. Se optar por ela, o motorista pode rodar até 440 quilômetros, ou 95 quilômetros a mais do que a versão ?convencional?.

Motorizações: elétrica (170 cv)
Autonomia: 335 km (ciclo WLTP) / 440 km (com extensor de autonomia)
Preços (em SP): R$ 279.950

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Caoa Chery Arrizo 5e

O Arrizo 5e é o primeiro carro elétrico vendido pela Caoa Chery no país. Baseado no Arrizo 5 “convencional”, o modelo tem um motor elétrico de 90 kW (ou 122 cv) e torque instantâneo de 28,1 kgfm. A autonomia é um de seus pontos positivos. De acordo com a fabricante, o sedã é capaz de rodar até 322 quilômetros sem precisar parar para recarregar as baterias.

Motorizações: elétrica (122 cv)
Autonomia: 322 km
Preços (em SP): R$ 159.900

Murilo Góes/UOL
Imagem: Murilo Góes/UOL

Chevrolet Bolt

O Bolt é o primeiro modelo da nova era da Chevrolet. Afinal, a empresa já declarou que venderá apenas carros movidos a eletricidade a partir de 2035, assim como as demais marcas da General Motors. O carro também se destaca pela segurança ao vir com 10 airbags e um prático sistema de câmeras, que inclui até uma que substitui o espelho retrovisor interno.

Motorizações: elétrica (203 cv)
Autonomia: 416 km (ciclo EPA)
Preços (em SP): R$ 274 mil

Murilo Góes/UOL
Imagem: Murilo Góes/UOL

JAC iEV20

Baseado no antigo J2, o iEV20 é o carro elétrico mais barato do país. Por R$ 159.900, ele traz um pequeno motor elétrico de 68 cv, mas com torque instantâneo de 21,9 kgfm. Apesar de ser classificado pela marca como um SUV, o iEV20 não esconde sua vocação urbana. As dimensões compactas, aliás, contribuem para dar agilidade em meio ao trânsito.

Motorizações: elétrica (68 cv)
Autonomia: 400 km
Preços (em SP): R$ 159.900

Murilo Góes/UOL
Imagem: Murilo Góes/UOL

JAC iEV40

Se o pequenino iEV20 aproveita a base do J2, o iEV40 é feito sobre um projeto mais moderno. A versão elétrica do T40 preserva as qualidades do modelo a combustão, como o nível de acabamento interno e a boa lista de equipamentos. O motor elétrico entrega 115 cv e torque de 27,5 kgfm. Assim como o ?caçula?, o iEV40 possui um sistema de frenagem regenerativa que faz com que o motor elétrico se transforme em um gerador que recarrega as baterias tão logo o motorista tira o pé do acelerador.

Motorizações: elétrica (115 cv)
Autonomia: 300 km
Preços (em SP): R$ 225.900

Alessandro Reis/UOL
Imagem: Alessandro Reis/UOL

JAC iEV60

O iEV60 consta no site da JAC Motors. Entretanto, uma nova versão deve estrear no mercado brasileiro no segundo trimestre deste ano. A maior novidade será a atualização visual. O modelo atual é baseado no antigo T60, que passou por uma reestilização radical.

Motorizações: elétrica (150 cv)
Autonomia: 380 km
Preços (em SP): R$ 259.900

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Jaguar I-Pace

O primeiro carro elétrico da Jaguar é um SUV estiloso equipado com dois motores elétricos – um no eixo dianteiro e outro no traseiro. Assim, a potência combinada é de 400 cv. Fora o design encantador, o I-Pace também seduz pelo luxo típico dos carros da marca britânica. A autonomia também se destaca: segundo a Jaguar, é possível rodar até 470 quilômetros sem recargas.

Motorizações: dois motores elétricos (400 cv)
Autonomia: 470 km (ciclo WLTP)
Preços (em SP): R$ 639.950

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Mini Cooper S E

A versão elétrica do charmoso Mini Cooper está disponível em duas versões de acabamento: Exclusive e Top. Ambas entregam 184 cv e 27,53 kgfm de torque instantâneo. Visualmente, o modelo se diferencia do restante da gama do hatch em alguns detalhes, como o desenho das rodas de liga leve de 17 polegadas.

Motorizações: elétrica (184 cv)
Autonomia: 234 km (ciclo WLTP)
Preços (em SP): R$ 239.990 (Exclusive) / R$ 264.990 (Top)

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Mercedes-Benz EQC

A Mercedes-Benz demorou para reagir ao pioneirismo da rival BMW. Mas pretende tirar o atraso com uma linha completa de modelos elétricos. O primeiro a chegar foi o EQC, que mais parece uma versão elétrica e futurista do GLC. Assim como o I-Pace, o SUV da Mercedes possui dois motores. Neste caso, porém, ele entrega 408 cv.

Motorizações: dois motores elétricos (408 cv)
Autonomia: 417 km (ciclo WLTP)
Preços (em SP): R$ 629.900

Murilo Góes/UOL
Imagem: Murilo Góes/UOL

Nissan Leaf

O Leaf foi o primeiro carro elétrico vendido em larga escala no mundo. Em sua segunda geração, o modelo ficou mais bonito, tecnológico e com maior autonomia. Agora é possível rodar até 270 quilômetros sem recarregar as baterias. Lançado no Brasil em 2019, o Leaf é trazido para cá em versão única. O modelo incorpora algumas tecnologias de outros modelos da marca, como o sistema de câmeras com visão em 360 graus e o painel digital.

Motorizações: elétrica (149 cv)
Autonomia: 270 km
Preços (em SP): R$ 259.900

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Imagem: Divulgação

Porsche Taycan

O Taycan colocou a Porsche no mundo dos carros elétricos em grande estilo. Disponível em quatro versões de acabamento (Taycan, 4S, Turbo e Turbo S), o modelo tem potências variando de 408 cv a 761 cv. Apesar de não trazer o ronco dos outros esportivos da marca, o Taycan é um legítimo Porsche no desempenho. Na configuração mais potente (a Turbo S), ele precisa de meros 2,8 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h.

Motorizações: elétrica (Taycan: 408 cv / 4S: 530 cv / Turbo: 680 cv / Turbo S: 761 cv)
Autonomia: 407 km (4S, Turbo e Turbo S) – 463 km com opcional Performance Battery Plus / 484 km (Taycan)
Preços (em SP): de R$ 589 mil (Taycan) a R$ 1.079.000 (Turbo S

Murilo Góes/UOL
Imagem: Murilo Góes/UOL

Renault Zoe

O Zoe é o único automóvel de passeio elétrico que a Renault vende comercialmente no Brasil. O hatch entrega 92 cv e pode rodar até 300 quilômetros sem parar para recarregar as baterias. Na Europa, ele pertence ao mesmo segmento do Clio, que já está duas gerações à frente do modelo descontinuado por aqui apenas em 2017. Bom lembrar que o novo Zoe, que passou por reestilização e ganhou melhorias em seu projeto, chegará neste ano ao Brasil.

Motorizações: elétrica (92 cv)
Autonomia: 300 km
Preços (em SP): R$ 203.978 / R$ 205.978

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